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Corredor de Nacala – Um desafio à dimensão do Grupo Mota-Engil

Características do Projeto

12.07.2012

O Grupo Mota-Engil viu adjudicada a obra do Corredor de Nacala que, juntamente com mais cinco obras adjudicadas em Angola, permitiu um aumento da carteira em África de 900 milhões de euros.  O CEO, Jorge Coelho, considerou este dia “histórico” para o Grupo graças à dimensão dos projetos (que representam mais de metade da carteira em África a qual totaliza 1.600 milhões de euros). Jorge Coelho congratulou-se também pelo facto do projeto de Nacala permitir trabalhar para a Vale, a segunda maior companhia mineira do mundo, num projeto de elevada dimensão que demonstra a confiança na capacidade de execução da Mota-Engil.

No processo de concurso do corredor de Nacala, a Mota-Engil competiu com outras empresas internacionais de reconhecidos méritos. Este é um projeto que representa um investimento total de 706 milhões de dólares (aproximadamente 568 milhões de euros) e com um prazo de execução de 27 meses.

A nível financeiro merece igualmente destaque o facto do Grupo Mota-Engil ter obtido o financiamento através do Standard Bank, um parceiro financeiro sul-africano que muito contribui para a concretização do projeto, num claro sinal de confiança e do reconhecimento do percurso de crescente afirmação da Mota-Engil em África.

O projeto contempla a execução de uma linha férrea inteiramente nova entre a fronteira de Moçambique com o Malawi e Nkaya Junction (perto de Liownde, a capital do Malawi) numa extensão de 145,1 km, num terreno de orografia muito exigente e difícil, decorrendo em perfil misto e com escavações e aterros de grande dimensão.

No desenvolvimento do projeto, que terá em pico de construção cerca de 3.500 colaboradores, serão construídas cerca de 28 obras de arte (com uma extensão de 4.840 metros), estimando-se 10 milhões de m3 de terraplenagem, 19 km de passagens hidráulicas, 9,7 km de Box Culverts, 225,000 travessas ferroviárias e 175,000 m3 de balastro, entre outros indicadores impressionantes e reveladores da dimensão do projeto.

Este troço integra-se num corredor ferroviário com uma extensão total de mais de 900 km que estabelece a ligação entre a zona de concessões mineiras de carvão de Moatize (província de Tete) em Moçambique e o Porto de Nacala, atravessando o Malawi. Esta é uma infraestrutura fundamental para o escoamento do minério através do maior porto de águas profundas da África Austral com acesso ao Índico.

Mediante a importância estratégica para o Grupo Mota-Engil que representou a adjudicação do corredor de Nacala, a SINERGIA contactou Gilberto Rodrigues, CEO da Mota-Engil África, para aprofundar o conhecimento sobre o projeto e o atual momento de execução.

(Leia aqui a entrevista a Gilberto Rodrigues, CEO Mota-Engil África)